Prefeitos eleitos e reeleitos na região dizem querer agir em conjunto para atingir objetivos que beneficiem várias cidades ao mesmo tempo. O prefeito reeleito de Agudos (13 quilômetros de Bauru), Éverton Octaviani, acha importante que a região cresça de forma integrada.
“Não podemos ter vaidade e nem bairrismos. Precisamos nos unir para o desenvolvimento da região. Acredito que a área que merece um enfoque regional é o turismo porque as cidades têm vocações diferenciadas. Unidas, podemos crescer nesse setor.”
Com a lista dos eleitos das proximidades, Octaviani diz que se relaciona bem com o prefeito reeleito de Bauru. “Ele é do mesmo partido que eu. Conheço o Sandro Bola eleito em Piratininga, o Alemão do leite de Cabrália Paulista, com o Mané Frias de Borebi e o vice- prefeito de Jaú, o Grizzo, é do meu partido.”
Para o eleito em Presidente Alves, Valdeir dos Reis, o Dê, a união dos prefeitos será ponto importante na sua região.
“Na minha campanha eu prometi e quero conseguir unir de 10 a 12 prefeitos da minha região para resolver um problema que afeta várias cidades, o fechamento da usina Guaricanga. A empresa está fechada há quase dois anos. De alguns municípios partiam de dois a três ônibus de trabalhadores todos os dias para a usina.”
Dê pretende buscar ajuda junto aos governos estadual e federal e, com isso, fazer a usina funcionar e gerar emprego, além do açúcar e álcool. “Se eu for sozinho, talvez não tenha o mesmo peso junto aos governos. Mas, em grupo, o resultado pode ser positivo.”
Ele quer que um dos governos ajude o atual proprietário com o refinanciamento da dívida ou com um financiamento para quitação delas. “Acredito que, se cada prefeito se propor a ir junto e usar a força que tem junto ao governo, podemos solucionar o problema.”
Visão global
Para o eleito na cidade de Arealva (41 quilômetros de Bauru), Paulo Padanosque Pereira, os prefeitos que vão assumir no próximo ano precisam ter uma visão de desenvolvimento mais globalizada. “Antigamente, um prefeito do Interior ia para São Paulo sozinho para pedir recurso ao governo estadual. Quando conseguia, escondia. Agia de forma egoísta. A experiência mostra que, em conjunto, as ações são mais positivas.”
Ele frisa que, quando prefeito de Arealva, de 2005 a 2008, fez parte de uma associação que agregava 25 prefeitos. “Fazíamos reuniões periódicas e os assuntos da região também eram discutidos. Obtivemos sucesso em muitos casos. Aprendemos a equacionar os problemas de cada um e aqueles que atingiam a maioria. Pretendo conversar com os eleitos, muitos deles são prefeitos pela primeira vez. Vou me colocar na condição de candidato à presidência da associação.”
O projeto “Caminhos do Tietê”, da área de turismo, deve unir as prefeituras da região, na opinião dele. “É o turismo nos municípios que margeiam o Rio Tietê. Queremos ampliar a atuação nesse setor. Arealva tem os ranchos e eu quero fazer inovações. Precisamos gerar emprego nesse setor.”
Esse é o último caderno do JC dos prefeitos eleitos na região. Infelizmente, algumas cidades ficaram de fora por conta dos eleitos não serem encontrados para dar entrevista, embora o JC tenha insistido, como foi o caso de Jaú, Borebi e outras.
Fonte: www.jcnet.com.br
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