O pobre tatu-bola batizado de Fuleco deve render 10
milhões de dólares para a Fifa. Uma parte fuleira dos R$ 4 bilhões que
pretende arrecadar com a Copa. Ao Brasil sobrará a conta de R$ 80 bilhões…
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Há uma indignação em relação ao nome do mascote da Copa de 2014.
O simpático tatu-bola
foi castigado.
Batizado de Fuleco.
Eleitores acreditaram
que o nome não é tão ruim quanto Amijubi e Zuzeco.
Esses estúpidos
apelidos têm razão de ser.
O Mundial é o maior
evento da Fifa.
E ela aproveita para
sugar dinheiro de todas as formas.
Transmissão...
patrocinadores... dvds... e mascotes, por quê não?
Há 13 Copas, ou 52 anos
a entidade escolhe um para representar cada Mundial.
Só que desde 1998
percebeu que estava jogando dinheiro fora.
E passou a escolher
nomes dos mascotes que fosse registrado por ela.
Todos os lucros fossem
destinados diretamente a entidade.
Por isso sumiram os
Willie (1966), Juanito (1970), Tip e Tap (1974), Gauchito (1978)... Naranjito
(1982), Pique (1986), Ciao (1990) e Striker (1994).
E veio a sequência de
batismos absurdos.
A sequência é mesmo
horrível.
Footix; Ato, Nik e Kaz;
Goleo; Zakumi e; finalmente, Fuleco.
A desculpa é que o nome
junta futebol e ecologia.
Mas na verdade não é
fruto de inspiração.
Nem preocupação com o
idioma português.
Por trás dele há a
junção de três sílabas que ninguém registrou.
A Fifa encomendou 450
nomes para uma empresa brasileira.
Desses, houve um estudo
meticuloso para chegar a 13 nomes possíveis.
Que nenhuma alma havia
registrado em lugar nenhum.
E que pudesse cobrar
qualquer centavo.
A entidade apresentou
os 13 nomes a uma 'comissão de notáveis'.
Foi essa comissão que
escolheu os menos esdrúxulos nomes que poderiam batizar o pobre tatu.
O ex-jogador Bebeto, o
sambista Arlindo Cruz, o publicitário Roberto Duailbi...
A escritora Thalita
Rebouças e a cantora Fernanda Santos.
Eles são os culpados
por Amijubi, Zuzeco e o notório Fuleco.
Não houve a menor
preocupação em relação à rejeição da população.
A Fifa sempre age dessa
maneira.
Por isso para todo o
sempre, o nome Fuleco estará ligado à Copa.
Fuleco pode ser uma
palavra derivada de fuleiro, algo de péssima qualidade.
Mas isso não importa à
Fifa.
O que ela pretende é
vender mascotes com todos os direitos autorais.
Todas as empresas que
queiram usar a imagem do tatu ou o nome Fuleco terá de pagar à Fifa.
Ou seja: não há nada de
singelo na campanha.
O governo brasileiro já
foi orientado que a entidade que comanda o futebol não tolera produtos piratas.
E os falsificadores
profissionais serão caçados como nunca foram.
A entidade comandada
por Joseph Blatter está sendo muito bem tratada por aqui.
Vale lembrar que ela
ganhou R$ 559 milhões de isenções fiscais para trazer o Mundial em nosso país.
Oito tipos de tributos
acabaram isentos.
Imposto de Importação,
Imposto sobre Produtos Industrializados, Imposto de Renda de Pessoa Jurídica.
E até Imposto de Renda
de Pessoa Física de funcionários da entidade, entre outros.
O ex-presidente Lula
sancionou a lei que isenta a Fifa dos tributos em 2010.
A Copa do Mundo custará
ao Brasil cerca de R$ 80 bilhões.
Mais do que a Copa do
Japão, da Alemanha e da África do Sul juntas.
A Fifa espera lucrar
mais de R$ 4 bilhões líquidos com o Mundial.
O Fuleco deve dar a sua
contribuição.
Contribuição fuleira,
fazendo jus ao nome de batismo.
Não deve chegar a 10
milhões de dólares a venda de mascotes no País.
Mas todo o dinheiro
arrecadado tem o destino certo: a Fifa.
A entidade deve fazer
ajudar várias entidades de caridade.
Mas não assustador.
Quase a totalidade do
lucro irá para seus cofres na Suíça.
Ao Brasil, quando
acabar a Copa restarão os legados.
O gasto de R$ 80
bilhões.
Pelo menos quatro
elefantes brancos: as arenas de Natal, Cuiabá, Manaus e Brasília.
E milhões de Fulecos
abandonados...
Publicado em 27/11/2012 às 17h40 - Blog do Cosme Rímoli
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