Malba Tahan era o pseudônimo do professor de
matemática Julio César de Mello e Souza, nascido no Rio de Janeiro no dia 6 de maio há 110 anos. Ele é o autor de um dos maiores sucessos literários de nosso país, o romance O Homem que Calculava, já traduzido em doze idiomas.
matemática Julio César de Mello e Souza, nascido no Rio de Janeiro no dia 6 de maio há 110 anos. Ele é o autor de um dos maiores sucessos literários de nosso país, o romance O Homem que Calculava, já traduzido em doze idiomas.
Embora tenha publicado
ao longo de sua vida cerca de 120 livros sobre Matemática Recreativa, Didática
da Matemática, História da Matemática e Literatura Infanto-juvenil, atingindo
tiragem de mais de dois milhões de exemplares, pouca gente sabe que ele era
brasileiro.
Devemos aproveitar essa data para divulgar a Matemática como parte do patrimônio cultural da humanidade mostrando que a Matemática foi criada e vem sendo desenvolvida pelo homem em função de necessidades sociais. Devemos, nessa oportunidade, divulgar a Matemática como área do conhecimento humano, sua história, suas aplicações no mundo contemporâneo, sua ligação com outras áreas do conhecimento e, principalmente, buscar derrubar mitos de que a matemática é muito difícil sendo acessível apenas aos "talentosos". Precisamos erradicar a idéia de que a Matemática é um "bicho-papão", uma disciplina sem vida que só exige dos alunos memorização de fórmulas e treinamento.
Trabalhando as obras de Malba Tahan é possível mostrar aos alunos que a Matemática pode ser uma divertida e desafiante aventura podendo ser trabalhada de forma dinâmica e criativa.
As revistas Nova Escola - maio de 2005 (Editora Abril), Revista Educação - nº95 / março de 2005 (Editora Segmento) e a Educação Matemática em Revista - nº 16 / 2004 (publicada pela SBEM) trouxeram interessantes reportagens sobre Malba Tahan.
O caso dos camelos
Decifre o problema
mais famoso de Malba Tahan, retirado do livro "O Homem
que Calculava".
Beremiz, o homem que calculava,
estava viajando pelo deserto de carona no camelo de seu amigo. A certa
altura, encontraram três irmãos discutindo acaloradamente. Eles não
conseguiam chegar a um acordo sobre a divisão de 35 camelos que o pai lhes
havia deixado de herança. Segundo o testamento, o filho mais velho deveria
receber a metade, ao irmão do meio caberia um terço e o caçula ficaria com a
nona parte dos animais. Eles, porém, não sabiam como dividir dessa forma os
35 camelos. A cada nova proposta seguia-se a recusa dos outros dois, pois a
metade de 35 é 17 e meio. Em qualquer divisão que se tentasse, surgiam
protestos, pois, a terça parte e a nona parte de 35 também não são exatas, e
a partilha era paralisada. Como resolver o problema?
"É muito simples", atalhou Beremiz, que dominava muito bem os números. Pedindo emprestado o camelo do amigo, propôs uma divisão dos agora 36 camelos. Sendo assim, o mais velho, que deveria receber 17 e meio, ficou muito satisfeito ao sair da disputa com 18. O filho do meio, que teria direito a pouco mais de 11 camelos, ganhou 12. Por fim, o mais moço em vez de herdar 3 camelos e pouco, ganhou 4. Todos ficaram muito felizes com a divisão. Como a soma 18 + 12 + 4 dá 34, Beremiz e o amigo ficam com dois camelos. Devolvendo o camelo de seu amigo, o homem que calculava ficou com aquele que sobrou. Pergunta-se: Como Beremiz resolveu o problema dos irmãos e ainda saiu ganhando um camelo? |
Por Emerson Donizeti
Biajoti: Biajoti é professor de Matemática e Desenho do Sistema Anglo de
Ensino
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