sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Uma lição chamada Alzheimer


Como é estar com uma pessoa que sempre esteve ao seu lado, mas que em alguns momentos não parece estar mais? Como será conviver com pessoas que amamos que passam a nos tratar como estranhos? E como mostrar tudo isso através de uma música? Recém-lançada nas redes sociais, a canção “Ainda Espero”, da banda botucatuense Holdana, é dedicada a pessoas diagnosticadas com Mal de Alzheimer e sensibilizou a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), que lançará e divulgará a música hoje, no Dia Mundial da Doença de Alzheimer. A data, instituída pela Alzheimer’s Disease International (ADI), concentra ações de conscientização em todo o mundo.

Segundo a produção da banda, toda a arrecadação com ações e direitos autorais da música será doada para a Abraz e suas regionais. Com direção de fotografia de Leandro Mello, maquiagem e figurinos de Ju Mello, e produção de Vitor Bellote, “Ainda Espero”, música produzida mixada por Thiago De Léo, gravada nos Estúdios Valetes em Bauru e masterizada pelo icônico Lampadinha, tomou forma em um clipe que traz consciência aos desavisados e esperança aos interessados pelo assunto Alzheimer. A produção se tornou uma referência simbólica à convivência com uma pessoa portadora da doença degenerativa, que afeta a mãe dos irmãos Adriano e Cassione Calore, integrantes do grupo Holdana.
Em apenas três dias marcando presença no Youtube, o videoclipe já teve mais de 4 mil visualizações. Vitor Bellote, um dos produtores da Holdana, explica que a canção foi selecionada como música de trabalho entre outras faixas do primeiro EP da banda. Em Bauru, os meninos da Holdana têm apresentação marcada para o próximo dia 28, no Capela Deluxe, oportunidade em que vão lançar seu primeiro EP.

O que é este mal?
O Mal de Alzheimer, Doença de Alzheimer (DA) ou simplesmente Alzheimer é uma doença degenerativa que, atualmente, é incurável, mas possui tratamento. O sintoma mais comum é a perda de memória. Na evolução da doença, vão aparecendo novos sintomas, como confusão mental, irritabilidade e agressividade, alterações de humor, falhas na linguagem e perda de memória a longo prazo.

Sentimentos divididos
Com autoria de Adriano Calore (guitarrista da banda Holdana), a música foi transformada em videoclipe através da experiência de Vinicius Paraíba, quem dirigiu, roteirizou e editou o vídeo. Ele idealizou a história, que é contada em dois quadros simultâneos na tela, um do “passado feliz” e o outro do “presente difícil”. Ao final, os dois tempos se encontram, levando a um final surpreendente.
“Em um primeiro contato, e pra quem não sabe da história por trás do clipe, a música parece retratar a briga de um casal. Só ao final é que se mostra o diagnóstico da doença, e também a esperança de que, apesar da perda de memória, ainda reste alguma lembrança”, descreve Vinícius.
Quem encena as situações emocionantes são os atores Bruno Nardo e Lívia Jabbour, que interpretam o casal protagonista do vídeo. Os dois “encarnam” em cenas vividas antes e depois do diagnóstico da doença. “O que queremos é levar uma mensagem para as pessoas com essa música, que é de aproveitar melhor os momentos ao lado de quem amamos, pois depois pode ser tarde demais”, ressaltou Adriano, guitarrista da Holdana e compositor da letra. “O clipe mostra, ainda, que mesmo diante do diagnóstico, é possível a convivência”, ressalta o produtor Vitor Bellote, que é também músico da banda bauruense Valetes.
O trabalho tem também participação do ator Pablo Lagatta. Os membros da banda Holdana - Pedrinho Torel (vocal), Cassiano Calore (bateria), Luka Rocha (guitarra) e João Carlos (baixista) - também aparecem no vídeo tocando e cantando. O clipe pode ser acessado através do Youtube, basta buscar por “Holdana - Ainda Espero” ou pela página do Facebook “Holdana Rock”.
Fonte: www.jcnet.com.br

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