A cidade de Piratininga ( 13 quilômetros de Bauru) tem um portal na entrada da cidade desde 2004. Construído com uma verba do Ministério do Turismo, ele foi estudado para mostrar o presente, o passado e o futuro.
Quem explica é o engenheiro, Vicente Luiz Ribas de Abreu que nasceu em Piratininga e é o autor do projeto da obra. “O portal de Piratininga, chama-se Janela do Tempo. A ideia foi mostrar o passado, o presente e o futuro, convivendo na harmonia da construção. Para isso usei madeira e tijolos que representam o passado. Já o concreto pré-moldado, representa o futuro.” O presente, segundo o engenheiro é a vista que se tem através do portal. “A localização foi estudada para que proporcionasse ao visitante uma vista da cidade. É o presente. Ao sair, ele terá o passado e a seguir, o futuro.”
Para chegar a um desenho que posteriormente foi aprovado pelo Executivo, o engenheiro pesquisou postais e chegou a esse modelo que na opinião dele retrata um pouco do que é Piratininga. “Tudo vai passar pela janela do tempo, o presente, o passado e o futuro. Quando eu fiz esse projeto ainda trabalhava com o papel, na prancheta. Hoje fazemos tudo no autocad.”
Para ele, a frase escolhida por um publicitário da cidade encaixou na ideia dele. “Dá noção de aconchego: Piratininga fácil gostar, difícil esquecer....”
Portal foi construído com verba do Ministério do Turismo
O prefeito de Piratininga, Odail Falqueiro fala com orgulho que o portal da cidade foi entregue em 2004, durante o mandato anterior. Recebemos uma verba do Ministério do Turismo. Á época, R$ 40 mil para construir o portal. O ministério não definiu um padrão de portal. Mas como era verba carimbada, tinha que ser feito com a verba. Foi isso que fizemos. De acordo com o prefeito, foi desenvolvido um projeto no valor estipulado. Um engenheiro de Piratininga desenvolveu vários desenhos e nós escolhemos um. Depois, procuramos um publicitário que criou as frases para serem gravadas no portal, de maneira que quem entra é bem recebido e quem sai, fica com boa lembrança. As frases foram criadas a partir daquilo que as pessoas falam sobre a cidade, após uma visita, explica Falqueiro. As frases foram desenvolvidas baseadas naquilo que as pessoas dizem a respeito da cidade. Que Piratininga é acolhedora, um espaço bom de se viver. O publicitário apresentou algumas opções, á época, e escolhemos as duas.” Para ele, o portal é um acolhimento para os visitantes. É como se a população estivesse ali recebendo o visitante. É um acolhimento. É uma mensagem para receber quem nos visita. Construímos com uma verba do Ministério do Turismo.
Portal Clemente Ricci de Barra Bonita tem 25 anos
A cidade turística de Barra Bonita (68 quilômetros de Bauru) recebe os visitantes com um portal e um monumento contendo o símbolo dos três elementos básicos da economia do município. Uma chaminé de cerâmica (telhas, tijolos, ladrilhos etc). A roda de uma engrenagem industrial (fabricação de açúcar e álcool) e um barco á vela que representam o turismo e a navegação fluvial, explica a coordenadora de captação e marketing do departamento de turismo, Sabrina Fernanda Prado Cavinato.
Segundo ela, o portal Clemente Ricco está localizado na entrada principal. Pela rodovia SP 255, próximo da entrada da Usina da Barra. Clemente Ricci foi um conceituado alfaiate da cidade. Foi inaugurado em setembro de 97 e dá boas vindas aos turistas, ressaltando o codinome de Barra Bonita, Cidade Simpatia.
Cavinato enfatiza que seguindo pelo portal, a cerca de 50 metros, fica o monumento na Praça da Rotatória. O portal passou por manutenção em 2003. Há dois anos recebeu câmaras de monitoramento para controle e registro de veículos, acompanhada 24 horas pela guarda patrimonial.
Quem fez a ‘tarefa’ de maneira correta?
Na opinião da pesquisadora da Unesp, Dalva Aleixo, existem bons e maus exemplos quando o assunto é portal. Um exemplo legal de portal é o de Águas de Santa Bárbara. Ele tem água jorrando como uma cascata. Qual é o nosso principal atrativo da cidade? A água. Então está correto.
A professora enquadra como exemplos a não serem seguidos, os portais que não representam aquilo que a cidade oferece. O Cristo Redentor de braços abertos tem um significado no Rio de Janeiro, mas não tem nada a ver com a história de muitos municípios que colocam essa imagem na entrada. É um dos marcos mais usados.
Outro portal bastante usado, de acordo com Aleixo, são aqueles que parecem viadutos ou passarelas. “Algumas cidades colocam a imagem de Senhora de Fátima, a virgem branca. Os cercões com o nome da cidade escrita com letras gigantescas também são comuns. É puro tijolo, cimento, sem significado algum.
Bocaina usou a história para receber os visitantes
O portal da cidade de Bocaina (69 quilômetros de Bauru) é uma referência á história. Ele retrata o auge do período cafeeiro e o santo padroeiro, São João Batista. Foi construído recentemente, tem só dois anos, com verba do Ministério do Turismo. O projeto é de autoria de dois artistas plásticos, um de Bauru e outro de Jaú.
O diretor de Educação e Cultura, João Batista Gabriel diz que foi feito um estudo para instalar o portal, porque a administração municipal queria fugir do comum, do Cristo de braços abertos que muitas vezes nem tem relação com a cidade.
O nosso portal não é comum. Contém informações históricas. É uma obra nova e remete as nossas raízes, culturais e religiosas. Tem conteúdo, o que difere de alguns instalados em cidades vizinhas que apenas ergueram o portal. Pedimos aos artistas plásticos que projetassem algo que se identificasse com o município.
Ele explica que o portal tem duas colunas e no alto de cada uma um lampião. Esses dois pilares representam a entrada das antigas fazendas do café. Em cada face dessas colunas tem uma moldura de janela que representa os casarões dos barões do café, uma tradição cultural. É como se o portal fosse uma síntese de tudo o que o visitante vai encontrar em Bocaina.
No meio das colunas está a estátua de São João Batista sobre um pedestal com nove metros de altura. “O santo está de frente para quem entra na cidade. Dando as boas vindas. Está com a mão espalmada para o céu olhando para o céu, como se fizesse um convite para a meditação. A mensagem dele voltada a população é um convite para que os moradores olhem para coisas do céu e não só para as coisas da terra.”
Atrás da imagem do padroeiro, há um cordeiro. Que seria Jesus Cristo. O animal está olhando para a matriz da cidade que tem o nome do padroeiro, São João Batista. O cordeiro está na direção da matriz , onde era o ponto central da cidade. A imagem do santo está cravada sobre um pedestal triangular. Que tem inúmeras interpretações. Remete ao nascimento. Ao passado, presente e futuro.”
Itapuí vai concluir portal em agosto
O portal de Itapuí (44 quilômetros de Bauru) ficou ‘encruado’ por algum tempo, problemas com a liberação de recursos por parte do governo federal. Mas está quase pronto e segundo o prefeito, Gilberto Saggiolo, deverá ser entregue até o final de agosto.
Depois da conclusão da obra, os visitantes poderão ver um pouco da origem da cidade, garante o prefeito. “O portal foi desenvolvido considerando a origem da cidade, Bica de Pedra”. Antes de ser Itapuí, o povoado era Bica de Pedra. O nome, referia-se a uma fonte que jorrava do meio de pedras.
Saggiolo explica que o portal tem uma torre que sustenta uma cobertura. A torre será revestida de pedra e vai ter uma bica para cada lado. “Uma cascara jorrando água, uma alusão a origem da cidade.”
Pelos cálculos do prefeito, em um mês a obra estará concluída. “A empresa que venceu a licitação começou a obra e como não houve liberação dos recursos por parte do governo federal, eles pararam a obra. Como não houve a liberação de recursos , uma verba do Ministério do Turismo, a obra parou. Recentemente o recurso foi liberado e eles voltaram a trabalhar no portal.”
Arealva tem queda d’água na entrada
A cidade de Arealva(41 quilômetros de Bauru) é conhecida como a Cidade das Águas. Banhada pelo Rio Tietê e por rios de menor porte, ela oferece inúmeras opções de lazer no verão, graças ás belezas naturais e a abundância das águas.
Pouco antes do portal, o município instalou um pequeno monumento com uma queda d’água para deixar sua marca na mente dos turistas. O engenheiro civil da prefeitura, Luiz Carlos Besson explica que foram construídos um monjolo e a roda d'água.
O monjolo remete a origem da cidade. Época que o monjolo beneficiava o arroz e café, ainda não tinham as máquinas de beneficiamento. Nossa cidade vive da agricultura. Temos cultivo em estufa, pequenas indústrias e o turismo que movimentam a economia local.
A queda d'água foi colocada no monumento para simbolizar a abundância de rios. É uma cidade banhada por vários rios, o que favorece o cultivo de hortaliças, nosso forte. Há ainda, uma placa talhada em madeira dizendo ao visitante que Arealva é a cidade das águas.
O portal, de acordo com o engenheiro foi construído com verba do Ministério do Turismo e inaugurado em 2007. Nosso portal não tem nada que indique a vocação da cidade. No monumento é que estão as nossas referências. Besson lembra que no portal foram instaladas câmaras de monitoramento. Por ser uma cidade turística que durante os períodos mais quentes do ano recebe milhares de visitantes, havia a necessidade de controlar quem entrava e quem saia. Queríamos ter uma estatística de quantos carros. A polícia orientou a instalar as câmaras.
Fonte: www.jcnet.com.br
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